domingo, 24 de junho de 2012

Toda estrela um dia brilhará inevitavelmente


“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.” Confúcio.

Sem dúvida nenhuma, nossa maior vitória está em obter forças suficientes para levantar das quedas sofridas no meio do caminho e dar a volta por cima.
Para algumas pessoas esse ato se torna simples, não por que são diferentes das outras, mas por que carregam em si a imensa capacidade de superar as adversidades. Já para outras, a queda no meio do caminho, a tragédia instaurada é sinônimo de ponto final, de fim, entregam as armas da batalha, sem ao menos encararem a dureza da trincheira do dia a dia, levando-os a desistir da própria vida.
Na Igreja Messiânica Mundial do Brasil aprende-se que, quanto maior a purificação (sofrimento) maior a missão. Ou seja, quem muito sofre, cria forças para prosseguir e ajudar outras pessoas.
E isto resume muito bem a vida de uma pessoa que precisou não somente conhecer, mais vivenciar, experimentar, temer e enfrentar o lado escuro da vida, para que somente assim, pudesse conhecer a força que possuía para ajudar muitas pessoas. Esta pessoa chama-se João Guilherme Estrella.
Quem não conhece sua experiência de vida, basta digitar seu nome no Google ou assistir o filme baseado em sua trajetória, Meu nome não é Johnny.
João Guilherme, é a prova viva de que não basta cair e levantar, é necessário que se tenha força de espírito para seguir em frente, para que assim pudesse escrever outras páginas no livro de sua vida. Com certeza, João não se arrepende dos primeiros capítulos deste livro, nem tão pouco de seus rascunhos, que seus atos insanos registraram.
Sua maior vitória foi sair do vício e conservar sua sanidade mental, diante de tantas tragédias presenciadas. Conservar-se são ao lado de psicopatas, retrata o tamanho da missão que ainda estava por vir. Pois, quantas pessoas conseguem conservar a saúde mental intacta em um local inóspito como um Manicômio Judiciário?
Hoje ao palestrar e conceder entrevistas tenta abrir os olhos da sociedade do perigo real das drogas, tendo que conviver com seu algoz dia a dia.
João Guilherme concedeu gentilmente uma entrevista ao Bacharelando Direito, sem muitas exigências, por ter a simplicidade e o desapego como traço forte de sua personalidade.
Bacharelando Direito: O filme é baseado em fatos reais, no entanto, aqueles amigos que aparecem no filme, ainda hoje são seus amigos, ou você sabe, melhor do que ninguém a diferença de amigos leais e verdadeiros, daqueles que chamamos de "amigos de farra"?
João Estrella: Amigos de sempre continuam, amigos e os satélites se dispersam. A diferença é que os amigos daquela época se veem um pouco menos porque estão com família, filhos, etc...
Bacharelando Direito: Quando viu que havia corrupção dentro da própria polícia e aqueles policiais extorquindo seu dinheiro do tráfico, achou por um momento que se o sistema era corrupto daquele jeito, quem poderia julgá-lo o suficiente para dizer se estava certo ou errado?
João Estrella: Acho que se a lei na época era aquela e eu tinha que me submeter a ela, acabei sendo julgado por uma juíza justa e correta que me deu, com a medida de segurança, a oportunidade de poder decidir o rumo do meu destino, já que a medida de segurança te obriga a se recuperar em relação as drogas e também como indivíduo, não brigando e colaborando com o próximo.
Bacharelando Direito: Acha que a ausência dos pais, por excesso de trabalho, prejudica na formação de uma criança, um adolescente?
João Estrella: Completamente. É imprescindível a presença dos pais e acho que, tem que se conseguir uma solução em relação ao trabalho que supra essa necessidade. Pode até ser uma solução, um dos dois deixar o trabalho.
Bacharelando Direito: Sempre ouvimos que os pais devem conversar sobre drogas com seus filhos, você tem filhos? Conversa com eles sobre drogas e que o crime não compensa?
 João Estrella: Meu filho tem apenas 3 anos. Agora, no Brasil o crime compensa para vários seguimentos, como na política, por exemplo.
Bacharelando Direito: Em qual momento de sua vida surgiu a vontade de cursar Direito e conhecer de perto as leis?
João Estrella: Ainda preso, quando trabalhei no Setor de processos e li muito sobre o crime.
Bacharelando Direito: Qual o momento mais difícil da sua vida? Quando é preso, quando foi condenado, quando soube que sua família teve que vender o único imóvel para pagar sua defesa, ou quando viu sua mãe chorando ao descobrir que seu filho era o maior traficante do Rio de Janeiro?
João Estrella: Todos esses momentos fazem parte do mesmo ato, da mesma tragédia, que sem duvida foi o mais difícil da minha vida.
Bacharelando Direito: O que você sente hoje em dia quando vê as pessoas se afundando nas drogas? Afinal, você ainda está em um meio, que todos nós sabemos que a droga está presente, que é meio musical.
João Estrella: As drogas lícitas e ilícitas estão presentes e sempre estarão em todas as camadas sociais e em todas as áreas de atuação profissional. Não gosto de ver pessoas detonadas por drogas, incluindo o álcool e antidepressivos. Por isso procuro ajudar fazendo palestras e debates.
Bacharelando Direito: Em uma única frase defina: Quem é o João Guilherme Estrella hoje?
João Estrella: Um pai feliz, músico, empresário, produtor e palestrante.





Especial: Entre Olhares


Imagine-se comendo o trivial durante 365 dias,  chegar em casa na hora do almoço e ter sempre arroz, feijão e ovo frito pra comer. No início aceita, se resigna, mas o tempo vai passando e aquele prato sem muita novidade, sem mudança de tempero, vai se tornando um castigo ao paladar.
Foi pensando nisso, que foi criado o especial: Entre Olhares.
O especial Entre Olhares surge com um único objetivo: enxergar as pessoas que realmente estão preocupadas pela sociedade brasileira.
Talvez existam políticos que realmente se preocupe com seu povo, mas, não se pode acreditar cegamente em tudo que falam, em tudo que pensam, pois não existe nenhum que não pense em votos antes de falarem, ou concederem uma entrevista, no nosso caso, um entre olhares...
No entanto, quem será que realmente se importa com o que está acontecendo não somente no mundo, mas aqui mesmo, nas Terras Tupiniquins?
Conheço algumas pessoas que possuem ponto de vista bem interessante, mas que não possuem voz suficiente para proporcionarem uma mudança real no quadro sócio político do Brasil.
Mas, nem tudo está perdido, apesar de ser raro, ainda existem pessoas que estão lutando para serem ouvidas. São pessoas que possuem um histórico de vida repleto de lutas e batalhas. Pessoas que chegaram aonde chegarem, de forma heroica, ultrapassando momentos que para muitos seriam momentos de desistência.
Então, caros leitores e amigos. Deliciem-se com o especial: Entre Olhares. Com certeza irá terminar de ler, enxergando o que muitos não possuem coragem de enxergar.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Rio+20 e Belo Monte: Paradoxo Insustentável




Rio de Janeiro 13 de Junho de 2012, inicia-se a Conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável. Pra quem não sabe, este nome e esta data é a comemoração dos 20 anos de outra conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92. 
O mais engraçado de tudo isso é saber qual o maior objetivo de uma Conferência mundial como essa. Que é tão somente: "RENOVAR COMPROMISSO POLÍTICO COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, POR MEIO DA AVALIAÇÃO DO PROGRESSO..."
E as pessoas acham isso bonito? Acham que os governantes estão realmente preocupados em fazer alguma coisa pelo mundo? Nesses 20 anos o que fizeram para modificar, preservar o meio ambiente? Muitos não devem se lembrar, mas quem se interessar em conhecer  Serven Cullis - Suzuki de 12 anos, que naquela época fazia parte de um grupo de crianças canadenses que somente se preocupavam em fazer sua parte e precisavam falar aos adultos que mudassem seu modo de agir. A menina deixa claro em seus breves 6 minutos que seu maior objetivo era lutar pelo seu futuro.A garota, hoje, mulher, sentiu a mesma necessidade de retornar a Conferência das Nações Unidas, para continuar sua luta ativista, no entanto, alega que as coisas estão muito piores e que poucas coisas foram feitas, para não dizer, nenhuma. A atitude desta moça é muito nobre, muito bonito de se ver e até mesmo contagioso, dá vontade de sair por aí conscientizando as pessoas a se preocuparem com o dia de amanhã. Com certeza, o problema não é somente político é social. Como se a população mundial, vamos trabalhar em cima da sociedade brasileira, ao longo do tempo tornou-se apática e afônica. O povo brasileiro de alguma forma calou-se a frase: " Sou brasileiro, não desisto nunca" na realidade não passa de uma frase vazia e banal. O povo brasileiro em sua grande maioria desistiu sim! Pelo menos é o que observa-se na crítica que fazem aos grevistas, sejam eles policiais, professores, estudantes. Sempre tem alguém que vira o rosto e diz que aqueles trabalhadores não tem o que fazer. Mas claro, se não pararem e não reivindicarem o melhor para eles quem irá fazer? Os grandes empresários? Os magnatas bancários? 
Mas, por que a sociedade não se mobiliza em salvar Belo Monte e a população indigena? Por que a senhora presidente ao invés de estar lá no púpito falando sobre sustentabilidade não acaba com este drama amazônico? 
Alguém consegue enxergar onde está a situação paradoxal que estamos atravessando? 
Falar de sustentabilidade, de meio ambiente, em um país que está acabando com uma das artérias globais do coração ecológico do mundo, para construir uma usina hidrelétrica? Alguém consegue ver a sustentabilidade nesta ação?
Por que os governantes brasileiros não convidam os participantes desta conferência para conhecerem Belo Monte e tudo que irão fazer para acabar naquelas terras? Por que não mostram o que está por trás da PAC, (Programa de Aceleração do Crescimento)? Ou seja, o impacto socioambiental que trará ao Brasil, não hoje, mais quem sabe daqui há mais 20 anos, no Rio+40. Quando tudo continuará se repetindo e piorando.
Por isso, não consigo conceber a ideia de que uma Conferência deste porte esteja realmente preocupada com sustentabilidade e meio ambiente. Pois se estivesse realmente, não estaria sendo sediada na "cidade maravilhosa" e sim, no seio amazônico que clama por socorro.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Lavar Brasília com águas de Cachoeira?


E brasileiro tem memória política? Desde quando? Então vamos lá, fazer uma viagem para o ano de 2004, quando, vazou um vídeo de Carlinhos Cachoeira negociando propina com Valdomiro Diniz. E quem, será o Valdomiro Diniz, no jogo do bicho? Do bicho não se sabe, qual bicho ele seria, mas antes da sua prisão era o ex presidente da Loteria no Estado do Rio de Janeiro. Tudo fica mais claro, quando se fala em jogos no Brasil? Daí podemos associar, que tudo no Brasil não passa de um jogo de interesse.
Assim fica  fácil assimilar, Carlinhos Cachoeira, Waldomiro Diniz, Lula, José Dirceu, Demóstenes Torres, Stepan Nercessian.... - Até ator de novela ganhando seu tostão nisso tudo. Mas, ao menos essa novela não tem audiência do grande público, pois os brasileiros agora só querem saber da história das Marias ou melhor, das empreguetes. No fundo o brasileiro gosta de cultivar a cegueira política. Gosta mesmo é de ser iludido, pelos magnatas da corrupção. Quem consegue explicar o que realmente está por trás disso tudo, se não possuem raciocínio político e nem memória crítica para tal?
Claro, que para se escrever, ou se falar sobre isto é necessário ter uma memória de elefante para saber que o que está acontecendo ainda não é nem o início do que deveria acontecer. Se algumas pessoas acham que isso é uma tremenda sujeirada é por que ainda não imaginam que para lavar Brasilia água de Cachoeira não é o suficiente. Só um tsunami poderia livrar o Brasil do esgoto de Brasilia. Só perceber quantos partidos políticos estavam medidos com o poderoso chefão do Distrito Federal. Em 2004, queriam sujar o governo Lula, queriam acusar o PT por usar dinheiro de propina para fazer campanha eleitoral de alguns candidatos. Mas, agora percebe-se que não somente o PT estava metido nisto. Outros tantos partidos, até os da oposição, como no caso do PSDB, pois um de seus vereadores, Wladimir Garcez, foi apontado como o braço direito de Carlinhos.
Isso tudo só nos faz chegar a uma das tantas conclusões: No Brasil, não existe esse negócio de oposição, pois na hora de pedir propina, todos estão do mesmo lado.
Se pararem para fazer as contas de quantos mil foi arrumado para fazer as campanhas eleitorais, iriam concordar, que o Governo do Brasil na sua grande maioria foi patrocinado pelo jogo do bicho. E depois dizem que o jogo do bicho uma contravenção penal, sendo assim, os contraventores seriam somente aqueles que vivem desta prática, ou também, aqueles que se beneficiam da mesma? Se for assim, não cabe apenas julgar o bicheiro. Pois o decoro parlamentar, a postura necessária para gerir um Estado que se diz de Direito e Soberano, deve estar acima de qualquer suspeita, mesmo que isso seja o sonho do mais utópico dos romancistas da literatura brasileira. Mas, não esqueçamos que a CPMI já está instaurada. Agora é aguardar, pois com certeza, muitas águas ainda irão rolar.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pintando a cara de quê e para quê?

Pensando um pouco sobre as ações do Movimento Estudantil no Brasil do século passado, fica fácil notar que neste século ainda não ouvimos falar sobre os jovens lutando pelo bem social e coletivo, estudantes indo para rua exigindo realmente uma mudança política, carregando a Constituição consigo. 
Realmente não se fazem mais jovens como antigamente. Hoje em dia a palavra política tornou-se sinônimo de corrupção e as frases: Ah, o Brasil não tem mais jeito! Me envergonho de ser brasileiro! Tornaram-se jargões dos jovens hoje em dia que só se preocupam com o que está acontecendo nas redes sociais, em compartilhar uma coisa ou outra que  está na moda, se preocupam com as músicas sem letra que ouvem, se atualizam dentro de uma sociedade completamente despida de valores, encaram uma Marcha da Maconha mais importante do que uma marcha contra corrupção.
É preocupante a realidade da juventude brasileira. Os estudantes saíram das ruas! Aonde estão os caras pintadas que hoje são chefes de família para passarem a sede de justiça de outrora aos seus filhos? Aposto que são justamente os pais omissos de hoje em dia que pensam que almoçar em família é ultrapassado e que não é importante na formação dos seus filhos. São os ex caras pintadas que colocam internet em casa e acham absolutamente seu filho, ou sua filha de 13 anos passar horas e horas numa internet fútil e manipuladora. Ou colocam uma televisão "fechada" e deixam que assistam seriados enlatados americanos de jovens adolescentes que a única preocupação não é com estudo e sim com sexo, sexo, sexo.
Será que valeu à pena lutar para tirar um presidente, ou melhor, dois presidentes, lembrando que os estudantes também tiveram à frente do Movimento Diretas Já! E parar por aí? E depois falavam que a preocupação deles era pensando nas gerações futuras? Pois está aí, nas esquinas a geração futura dos filhos deles, que não possuem histórico políticos por que os pais, ex caras pintadas não estão preocupados o suficiente em trazer os filhos para realidade, resgatar a estória do país é fundamental! Quer dizer que assim como a guerrilha do Araguaia, o movimento estudantil se perdeu no tempo, justamente por que os jovens daquela época não educaram como deveriam os jovens de hoje?
Que tal já que pintaram a cara de verde amarelo em outra época, não voltarem a colocar um nariz de palhaço? Adultos hipócritas que não sabem educar seus filhos para que sejam capazes de lutar pelo país!
Tanta coisa acontecendo no cenário político e a juventude continua omissa a tudo isso. Enquanto não tirarem a internet, os seus Iphones e suas roupas de emos está tudo bem! 
Ou, os pais e as mães abrem seus olhos e se livram dessa amarras sociais e profissionais que encheram-nos de trabalho e compromissos e voltam a sentar com seus filhos, mostrando a realidade do país. Ou terão que comprar nanquim e se vestirem de pierrot e colombina, pois de caras pintadas mesmo, só se for no baile de carnaval!