sábado, 21 de abril de 2012

A vida ensina


Lembro de minha infância, repleta de brincadeiras e de travessuras, muitas vezes passava dos limites como qualquer outra criança. Ou então, quando estava dando trabalho pra comer. Lembro do meu pai lembrando que caso eu não comesse o que tinha na hora do almoço tinha uma chinela me esperando. Não preciso dizer que não só comia, como engolia o que tinha no prato.
As crianças da minha geração cresceram com esse tipo de punição, eram raras aquelas que apenas com um castigo tomavam jeito. Fazia-se necessário uma palmada corretiva. E pergunto: Quantos adultos hoje em dia cresceram revoltados com seus pais por conta disso? Sinceramente? Não conheço nenhum.
E hoje, os adultos que apanhavam quando crianças, são adultos que conhecem o verdadeiro significado do respeito pelos pais e pelos mais velhos. Ao contrário do que se vê hoje em dia.
Onde está escrito que a palmada é uma agressão física e não uma forma de correção? Será preferível deixar que as crianças apanhem da vida? Ah, por que esta bate forte e não tem lei que a impeça disso! As crianças que se tornarão os adultos de amanhã, não conhecerão o significado engrandecedor da palavra respeito e por conta disso não estarão prontos suficientes para encarar as dificuldades que inevitavelmente irão enfrentar. Assim como também, não saberão até onde podem ir. Não saberão o significado essencial da palavra limite. 
Acredito cegamente que deve sim existir uma lei severa para aqueles pais que agridem com a única finalidade de machucar e maltratar. Aqueles que não fazem por amor e sim, por covardia. Aqueles que não querem prevenir antes de remediar, mas sim, que querem descontar seus estresses, frustrações e seus momentos de ira nos menores indefesos. Realmente, para esses desequilibrados que se vestem de pais, o mais sensato que deve haver é o vigor de uma lei tão dura, tão pesada quanto as suas agressões.
Porém, ao meu ver, faz-se necessário uma reformulação deste projeto de lei nas Casas Legislativas.Pois, os pais que devem ser punidos, não são aqueles que o fazem por correção, e sim, aqueles que fazem pela limpa e crua, agressão. Seria conveniente esta reformulação antes de ser aprovado no Senado.
Só para exemplificar esta falta de limites, um filho que faz uma coisa errada e que o pai insinua que irá bater, adverte-o e diz que irá chamar a polícia? Como assim? Houve uma troca de papéis aí? Ouve, sem dúvida nenhuma! Pois, quem adverte quem?
Hoje os filhos são grandes tiranos. Não aceitam serem contrariados. E estão cada vez menos preparados para encarar uma vida difícil, onde realmente somente os fortes conseguem encará-las de frente e dentro daquilo que se espera.
A Lei da Palmada surge para tirar as forças daqueles que estão dispostos a mostrar um caminho menos doloroso. E despreparar aqueles que seriam o futuro do nosso país. Mais uma vez, percebemos que o Estado democrático de direito, pretende subjugar seu povo. Marginalizando aqueles que poderiam fazer diferente. Mas diferente pra quê, se igual já está funcionando? Se os mártires já irão sofrer não sentenciados com a morte propriamente dita. Mas, com a morte da sua verdadeira capacidade de reagir aos seus verdadeiros algozes.

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