quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A insustentável leveza do ser

Considerações sobre a prova de ontem, Ciencias Humanas e Sociais, a professora foi justa e leal conosco ao fazer a revisão. Abordou um pouquinho de cada assunto.
Novamente por falta de atenção, preguiça de pensar ou ansiedade em acabar, confundi palavras primárias como, politeísmo e teocentrismo. No entanto, acredito que mesmo assim consiga obter uma boa nota.
A prova de hoje é Ciência Política e Teoria do Estado, a matéria poderia ser enfadonha, cansativa, no entanto, creio que poucas pessoas conseguem fazer com que esse assunto  não se torne chato; tive a sorte de ser aluna de uma delas. Seu nome? Ana Valeska Maia. Uma criatura que faz um assunto polêmico, tornar-se poesia.
Enquanto muitos professores se dedicam, estudam, para se tornarem máquinas de ensino, para serem professores por formação, Valeska não precisa se esforçar muito para tal, pois deve ser considerada como criação da própria deusa Palas Atenas, deusa da Sabedoria. Considero-a professora por vocação. Uma artista nata, que sabe como ninguém conduzir a arte do ensino.
Durante esses meses muitas coisas foram ditas, abordadas e declamadas em sala de aula e acredito que através desta abordagem muitos mudaram a concepção sobre Política. Aprenderam que não é a Política que é corrupta e sim as pessoas que a fazem. Corrupto é característica própria daqueles que não sabem conviver com o poder em suas mãos. Refletir o que fariamos se encontrassemos um anel de Giges. Tirar nossa máscara, nos despir diante um assunto tão polêmico e ler considerações da professora, dizendo para termos cuidado sobre o uso da anel.
E aprender sobre filósofos com uma apaixonada pela Filosofia é fácil, nem que seja por osmose.
Mergulhar no mundo das idéias, da razão, do questionamento, para conseguir entender ao menos as Teorias Contratualistas de Hobbes, Locke e Rousseau. Conseguir entender Leviatã e o "Estado de Natureza", o estado primitivo do homem, "a guerra de todos contra todos" e o Estado absolutista; logo em seguida nos depararmos com a obra Jonh Locke, contemporâneo de Hobbes porém com idéias contrárias, mais liberal e parlamentar. Onde suas idéias e convicções, suas obras iluministas serviram de base para Revolução Francesa, onde em sua principal obra o Estado não poderia ser tirânico e sim promover o bem estar social; Diante do estudo desses dois políticos, ainda nos foi apresentado a obra de Jean Jacques-Rousseau, que contesta a teoria do direito divino dos reis e do absolutismo real. Mais tarde suas obras se tornaram base para o Romantismo, ressalto uma de suas frases, quando diz: - "O maior passo em direção ao bem é não fazer o mal." Para Rousseau o Estado deveria ser dividido em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Não esquecendo de falar de Nicolau Maquiavel, renacentista italiano e sua mais famosa obra: O Príncipe.
A cada capítulo descreve como um governante deve agir para continuar no poder e com poder. A adaptação aos meios sociais é uma das características que o principe deve ter. Se adaptar a quaisquer tipo de situação. não pode ser radical, mas também não pode ser maleável demais. Não pode ser fanático religioso, mas também, não pode ser ateu. Maquiavel trasmite uma idéia de que o governante, para ter sucesso na política deve saber dançar conforme a música. Defende a idéia que é melhor o príncipe ser temido do que amado. Até hoje este livro é mal interpretado. Mas no fundo ele é um manual para aqueles que pretendem iniciar na vida política.
Dentro de tudo que foi abordado e com o ensino primoroso que tivemos garanto que amadurecemos muito mais como seres humanos que somos. E este crescimento racional, político e social, com certeza será nossa maior nota de aprendizagem.

Um comentário:

  1. Lílian, fiquei emocionada com teu texto. Sou muito grata pelas palavras de carinho!!
    Com relação às informações do texto, cuidado apenas para não trocar as obras. "Dois tratados sobre o governo" é obra de Locke e não de Rousseau.
    Bj grande.

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